terça-feira, 23 de outubro de 2012

Salve Jorge - Primeiro Capítulo

Ontem estreou a nova novela das 21h, Salve Jorge, de Glória Perez. Eu sempre tenho o pé atrás com essa autora. De um modo geral, Glória sabe falar com o povão, costuma amarrar bem suas tramas, mas acho que peca pelo exagero, pela falta de verossimilhança e pela repetição de situações. Mas fui assistir com boa vontade, pela estreia de Nanda Costa como protagonista e também por outros bons nomes do elenco, como Alexandre Nero, Domingos Montagner, Totia Meireles, entre outros. Mas Mariana Rios, Giovana Antonelli, Flávia Alessandra, Fernanda Paes Leme e Rodrigo Lombardi se repetem nos mesmos tipos de sempre.

A ideia de usar a ocupação do Morro do Alemão como plano de fundo para o início da história foi muito feliz. Foi um momento importante da cidade do Rio de Janeiro. Usar as imagens reais da época também foi uma ideia ótima, mas de execução infeliz. A edição ficou meio tosca. Deu um ar de novela da Record logo de cara. Aos poucos essa imagem foi sendo perdida, ainda bem.

Achei os diálogos meio bobos, forçados. Tentando deixar tudo muito claro, muito mastigado para o telespectador. É sempre bom lembrar: O público de hoje mudou, está mais exigente. E teve ainda o problema da repetição. A Neusa Borges tava lá fazendo o mesmo tipo histérica de sempre. O "Seu Gomes", o "Farinha", o Antônio Calloni casado com uma mulher que lançará os bordões estrangeiros da novela, o núcleo pobre irreverente... Tudo como dantes na terra de Abrantes. É uma das coisas que me incomoda nesses autores veteranos das 21h: Insistem em fazer novela como há dez, vinte anos atrás.

A abertura ficou muito bonita e casou perfeitamente com a voz de Seu Jorge. Aliás o trabalho técnico e de produção está de parabéns, como é de se esperar das produções da Globo. Não dá pra se analisar uma obra só pelo primeiro capítulo, é preciso aguardar e ver o que Salve Jorge ainda tem pra contar para o espectador.

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