São elas que transformam as coisas na verdade. Pequenas coisas. Mínimas. Detalhes que passam desapercebidos pela maioria. Eu sempre fui dado às sutilezas. E isso é de alguma forma contraditório porque quase nunca consigo ser sutil, embora me encante quem o seja. As coisas leves. Ditas com os olhos ou com um simples tocar nas mãos do outro. Isso me fascina. Eu adoro quando chega aquele momento em que não tem mais nada a ser dito, aquela catarse em que o nó sobe à garganta e os olhos fazem questão de encerrar aquela cena após permitirem o abraço ter o seu momento de glória. Perceber o mundo através do quase invisível é um desafio sedutor e viciante e a beleza que acompanha cada novidade descoberta causa um torpor sem igual. Pense bem. Naquele momento em que só você percebeu o sorriso da criança ao olhar para a avó no supermercado. Nos minutos que você gastou olhando para o horizonte na última viagem de ônibus e percebeu um pôr do sol de cores diferentes de todas as que você já tinha visto. O barulho da chuva. As pessoas indo e vindo num calçadão, tão diferentes entre si e tão iguais no caminhar apressado.
Tudo isso me deixa perplexo. E os detalhes foram moldando meu caminho profissional. Escrever, ouvir histórias, atuar, cantar. E como eu disse lá em cima, para um bocado de coisa eu não tenho sutileza alguma. Mas estou tentando buscar dentro de mim algo que me faça administrar essa sensibilidade mais aguda que um si bemol.
Tudo isso me deixa perplexo. E os detalhes foram moldando meu caminho profissional. Escrever, ouvir histórias, atuar, cantar. E como eu disse lá em cima, para um bocado de coisa eu não tenho sutileza alguma. Mas estou tentando buscar dentro de mim algo que me faça administrar essa sensibilidade mais aguda que um si bemol.
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