quinta-feira, 31 de maio de 2012

Sobre o tributo à Legião Urbana - Crítica

Quem me conhece sabe que eu não preciso me prolongar aqui no que tange a devoção que tenho à obra de Renato Russo. Então me sinto bem a vontade para falar dos dois dias de show no Espaço das Américas, em São Paulo. Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá voltaram  ao palco para tocar novamente os grandes sucessos da banda que virou ícone das gerações de 80 e 90. Como anfitrião da festa e vocalista do repertório, Wagner Moura foi convidado por suas recentes interpretações de músicas da banda em seus últimos filmes.

Muito se tem falado sobre a escolha do Wagner para tal feito. O ator possui uma banda chamada "Sua Mãe" que trabalha com um pop brega de sonoridade até gostosa. Além disso, é fã incondicional da Legião, o que de certa forma lhe concede propriedade para cantar a plenos pulmões, canções como "Fábrica", "Andrea Doria" e outras. O que se viu foi quase um devocional. Milhares de pessoas formando um imenso coral; a maioria ali nunca presenciara uma performance ao vivo da banda. 

Wagner é extremamente carismático e conseguiu fazer a plateia embarcar na mesma vibração dele. E de verdade foi uma troca de fã para fãs. Em momento algum Wagner se postou como sucessor de Renato. E nem poderia.

Musicalmente o show teve imensas falhas. E aí sim, do ponto de vista musical, pode se questionar a escolha de Wagner. Foi o típico caso de quando o repertório é maior do que o cantor. Renato Russo tinha uma extensão de voz que não é fácil reproduzir. Wagner tem a voz pequena, que soa melhor em canções sem grandes necessidades de passeios por regiões diferentes. Não dá pra negar que ele desafinou, semitonou por muitas vezes. Muito provavelmente alguns fatores contribuíram pra isso: A imensa carga de emoção embarga a voz, fica difícil mesmo manter a afinação. O pouco tempo de ensaio. A responsabilidade. E a própria inexperiência do Wagner com multidões ávidas por ouvir um show de música. Dado e Bonfá também tiveram falhas graves. O solo de guitarra em "Quase sem querer" foi constrangedor. Mas deve se salientar que Dado cantou muito bem.

Apesar dos problemas técnicos e musicais, valeu cada segundo de show. Foi daqueles espetáculos que se deixam devendo por um lado, sobra de outro. A emoção, a vibração, a energia presentes ali foram além do que se podia imaginar. E se foi mesmo a última vez que Dado e Bonfá tocaram as músicas do grupo, encerra-se com uma página linda, o "Livro dos Dias" da Legião Urbana.

FORÇA SEMPRE.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Louco Por Elas - Crítica

João Falcão é um craque. Tem no seu currículo televisivo, sucessos como O Auto da Compadecida, Comédias da Vida Privada, Sexo Frágil e Clandestinos - O sonho começou. Além disso, tem obras aclamadas por público e crítica no teatro como A Máquina, Ensina-me a Viver e Clandestinos. Toda a bagagem do autor e diretor já seria motivo suficiente para ligar a TV nas noites de terça feira e assistir Louco por Elas, seu mais recente trabalho, em que assina também a direção.

O programa é exibido entre dois outros acertos da Globo: Após Tapas & Beijos e antes do Profissão Repórter. Conta a história de Léo, vivido por Du Moscovis, treinador de um time de futebol de areia feminino, pai de uma menina, "ex-padastro" de outra e recém-separado de Giovana (Deborah Secco). Além desse time de mulheres, Léo ainda mora com a avó biruta interpretada por Glória Menezes.

O humor é ágil e não subestima a inteligência do telespectador, o que já um grande passo. Du Moscovis, afastado da TV desde o fim de Alma Gêmea em 2006, parece ter aproveitado bem o período longe das telinhas. Voltou com tudo, num trabalho que parece ter sido feito sob medida pra ele. Aliás eis um dos grandes problemas da TV atualmente: As repetições de elenco nas produções. Atores estão emendando um trabalho após o outro, sem tempo pro telespectador descansar a imagem e fazendo com que o profissional muitas vezes caia no risco da repetição. Mas voltando a Louco por Elas, mesmo com a ótima fase de Du Moscovis, o grande nome da série é Glória Menezes, essa sim com um papel pensado para ela. As intervenções de Violeta, são sempre muito engraçadas e a atriz está mostrando que é gigante também na comédia. Deborah Secco está surpreendentemente muito bem na produção. As novatas Laura Barreto e Luisa Arraes encontraram ótimas soluções e tons para suas personagens.

É ótimo a Globo apostar num tipo de humor que não seja rasteiro, chulo, baixo como Zorra Total. João Falcão  arriscou ao apostar num texto com piadas muitas vezes sutis, todo centrado nas ótimas interpretações do elenco e no excelente texto. Ao que tudo indica o público aprovou a coragem do autor: Louco Por Elas tem audiência crescente e deve ganhar nova temporada ainda esse ano. Com Tapas & Beijos, Loucos Por Elas e Profissão Repórter, fica difícil trocar de canal ou desligar a TV depois de Avenida Brasil.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Estreia de SNL Brasil - Crítica

Por todas as polêmicas envolvidas com o nome de Rafinha Bastos, a atração que estreou ontem na Rede TV! era aguardada com muita expectativa por quem acompanha o mundo da TV e do humor. A atração começou pontualmente às 20h30 com uma sátira ao depoimento de Xuxa ao Fantástico na semana passada. Talvez tenha sido o ponto alto do programa. Sem tocar na questão do abuso sexual, a esquete fez piada com todos os mitos que giram em torno da apresentadora, muito bem imitada por Renata Gaspar. Outro ponto alto, foi o depoimento do Dengue que fazia companhia à loura nos seus programas.

No primeiro bloco Rafinha estava um tanto nervoso, mas bem. Os "pedidos de desculpas" e o festival de alfinetadas que não poupou nem mesmo a própria emissora, estavam num tom ideal de acidez. Mas do segundo bloco em diante parece que a coisa desandou. As esquetes foram longas demais, sem timing. Há problemas de iluminação também e Marina Lima como atração musical de estreia não empolgou ninguém. O programa ensaiou uma retomada fôlego no quadro do telejornal que é muito bom, mas não foi o suficiente pra recuperar o ritmo.

Um dos fatores que também pode ter afastado o público é o excesso de palavrões. Não tem que ser careta, mas o que se viu foi um exagero. O programa também poderia centrar-se mais na figura do Rafinha Bastos na parte ao vivo, já que ele tem carisma e sabe como fazer stand-up.

Não é nada que não dê para se consertar. Quem conhece o original americano sabe que é impossível tecer comparações entre a versão americana e a brasileira. O SNL Brasil mostrou identidade na estreia, mas precisa rever o que saiu errado nessa primeira exibição.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Papo com o Tião - 21/05/2012

Oi Tião...

Eu acho que nunca tive que lidar com um sentimento de ciúme. Sei lá, nunca foi muito meu gênero. Mas agora... Sei não Tião... Sabe quando você começa juntar algumas coisas daqui, outras dali... Pode ser tudo coisa da sua cabeça (e provavelmente é), mas fica aquela maldita pulga atrás da orelha.

Eu sei, Tião... Eu não tenho motivo concreto pra sentir ciúme. Mas fala isso pro meu coração. É tenso.

Vou tentar dormir e esquecer isso...

Ba'noite, Tião...




Tião é um travesseiro comprado na Leader Magazine que veio com um defeito de fábrica: Ele ouve. E até dá uns conselhos de vez em quando...

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Maio

Voltando de mais um dia de trabalho, entediado como costuma ser todas as voltas pra casa, olhou pro céu na expectativa de ver a chuva diminuindo. Não diminuiu. O trânsito seguia lento, buzinas e o barulho da chuva no teto do carro. Pensou em ligar o som. Mas desistiu da ideia. Aquele momento era o ideal para pensar em tudo o que tinha acontecido na última semana. Ainda não tivera coragem de sentar cara a cara com o espelho e perguntar a si mesmo o tamanho daquela dor.

Não esboçou reação quando Teresa disse que ia embora. Agiu como se esperasse aquilo, embora não tivesse ideia do que estava acontecendo. Não conseguia raciocinar. Foi frio quando ela disse "Não dá mais": "Você que sabe", respondeu baixinho, apenas. Assistiu com calma descomunal a companheira fazer as malas, recolher os pertences, ouviu com placidez a buzina do táxi e sequer levantou os olhos quando ela disse adeus e lhe deu um beijo no rosto antes de sair.

Durante os dias que se seguiram, foi como se nada tivesse acontecido. Não comentou da partida de Teresa com ninguém, nem mesmo com seu terapeuta. E de noite, em casa, o vazio era preenchido com vodka, TV, música e culinária. Preparava verdadeiros banquetes pra ninguém comer. Nem ele mesmo. Tudo aquilo que levava horas pra preparar ia para o lixo.
O fato é que Diogo se recusava a pensar no que havia ocorrido. Pior do que isso, se recusava a sentir aquela perda. Foi trancando tudo nas gavetas mais altas, naquelas que não poderia alcançar, naquelas que ficariam fora do alcance da visão.

Mas de repente, naquele fim de tarde chuvoso de maio, estava tudo ali diante dele. Como se alguém tivesse invadido o seu íntimo, aberto todas as gavetas e jogado tudo pro alto. Era um oceano de sentimentos. Mais do que isso, uma tsunami que vinha com uma força arrasadora, arrastando tudo. Já não podia conter o choro, os soluços, o tremor das mãos. Quando o trânsito começou a fluir, num lampejo de lucidez, encostou o carro para evitar um acidente. E dali não conseguiu sair por cerca de 6 horas.

Chegou em casa e deitou, exausto. Sem banho, sem comer, sem beber. Nem olhou para o cachorro. Dormiu doze horas seguidas. No dia seguinte não foi trabalhar. Acordou, olhou para o lugar vazio de Teresa e suspirou. Tomou um banho demorado, fez a barba, preparou um robusto café da manhã. Olhou pela janela e viu que a chuva havia passado. Mandou um e-mail para o chefe com uma desculpa qualquer. Colocou a coleira no cão e saiu para caminhar pelo condomínio. Sorriu para crianças e velhos. Sorriu para si mesmo quando entendeu que Teresa provavelmente foi o grande amor da sua vida, mas que tinha ficado no passado. No passado mais bonito de que poderia se lembrar. Mas lá.

Olhou para o cachorro e lhe desejou "Feliz ano-novo" rindo de si mesmo ao lembrar que estava em maio.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Carpinejar

"A gente reclama muito da dependência, mas como é maravilhosa a dependência, confiar no outro, confiar no outro a ponto de não somente repartir a memória, mas repartir as fantasias. Confiar no outro a ponto de esquecer quem se foi assim que o outro esteja junto, é talvez chegar em casa e contar seu dia e só sentir que teve um dia quando a gente conta como foi. É como se o ouvido da outra pessoa fosse nossos olhos. Amar é uma confissão. Amar é justamente quando um sussurro funciona melhor que um grito. Amar é não ter vergonha de nossas dúvidas, é falar uma bobagem e ainda se sentir importante. É lavar louça e nunca estar sozinho. É arrumar a cama e nunca estar sozinho. É aquela vontade danada de andar de mãos dadas durante o dia e de pés dados durante a noite."

domingo, 13 de maio de 2012

DESAFIO DOS 50 DIAS - Dia 19: Uma foto que defina sua maior qualidade







Nada em mim é raso.

Um mês...

30 dias
30 sorrisos
30 vontades de te tocar a cada manhã
30 músicas diferentes dizendo a mesma coisa
30 "Eu te amo"
30 beijos x 30 x 30 x 30...
30 abraços
30 sonhos
30 sensações de estar num mundo novo
30 olhares
30 toques
30 desejos
30 aconchegos
30 cores
30 sóis
30 dias

Os primeiros 30 dias de muitos...


sábado, 12 de maio de 2012

Viva

Cometa bobagens. Não pense demais porque o pensamento já mudou assim que se pensou. O que acontece normalmente, encaixado, sem arestas, não é lembrado. Ninguém lembra do que foi normal. Lembramos do porre, do fora, do desaforo, dos enganos, das cenas patéticas em que nos declaramos em público. Cometa bobagens. Dispute uma corrida com o silêncio. Não há anjo a salvar os ouvidos, não há semideus a cerrar a boca para que o seu futuro do passado não seja ressentimento. Demita o guarda-chuva, desafie a timidez, converse mais do que o permitido, coma melancia e vá tomar banho de rio. Mexa as chaves no bolso para despertar uma porta. Cometa bobagens. Não compre manual para criar os filhos, para prender o gozo, para despistar os fantasmas. Não existe manual que ensine a cometer bobagens. Não seja sério; a seriedade é duvidosa; seja alegre; a alegria é interrogativa. Quem ri não devolve o ar que respira. Não atravesse o corpo na faixa de segurança. Grite para o vizinho que você não suporta mais não ser incomodado. Use roupas com alguma lembrança. Use a memória das roupas mais do que as próprias roupas. Desista da agenda, dos papéis amarelos, de qualquer informação que não seja um bilhete de trem. Procure falar o que não vem à cabeça. Cantarolar uma música ainda sem letra. Deixe varrerem seus pés, case sem namorar, namore sem casar. Seja imprudente porque, quando se anda em linha reta, não há histórias para contar. Leve uma árvore para passear. Chore nos filmes babacas, durma nos filmes sérios. Não espere as segundas intenções para chegar às primeiras. Não diga “eu sei, eu sei”, quando nem ouviu direito. Almoce sozinho para sentir saudades do que não foi servido em sua vida. Ligue sem motivo para o amigo, leia o livro sem procurar coerência, ame sem pedir contrato, esqueça de ser o que os outros esperam para ser os outros em você. Transforme o sapato em um barco, ponha-o na água com a sua foto dentro. Não arrume a casa na segunda-feira. Não sofra com o fim do domingo. Alterne a respiração com um beijo. Volte tarde. Dispense o casaco para se gripar. Solte palavrão para valorizar depois cada palavra de afeto. Complique o que é muito simples. Conte uma piada sem rir antes. Não chore para chantagear. Cometa bobagens. Ninguém lembra do que foi normal. Que as suas lembranças não sejam o que ficou por dizer. É preferível a coragem da mentira à covardia da verdade.

Fabricio Carpinejar

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Celebro a Ação

Meus dias têm sido de celebração: celebro a ação de me pôr em movimento ao encontro daquilo que almejo, celebro a ação de resolver minhas questões internas que me afastam de quem me incomoda, mas que ainda me importa. Celebro a ação de me causar bem-estar estando com as pessoas que me amam e em lugares que amo. Celebro a ação de ser grata por ter todas as minhas faculdades perfeitas e um bocado de loucura para ousar nas mudanças que preciso e crescer por dentro. Celebro a ação de não competir com ninguém, pois tenho tudo o que preciso e saber que o que tenho foi conquistado por mim. Celebro, diariamente, a ação de ter criatividade_ de criar atividades que me tirem da estagnação espiritual, emocional, pessoal. Celebro a ação de renovar meus valores para que eles sejam justos. Celebro a ação de não ocupar meu coração com desesperança e preconceitos ou coisas que aprisionem minha alma na limitAÇÃO. Celebro a ação de me importar primeiro com as pessoas, depois com as coisas. Celebro a ação de ser profunda nos meus devaneios, celebro a ação de ser superficial em alguns desejos e poder me permitir ou rir deles. Celebro a ação de mudar de ideia, de certeza, de narrativa, de estado de espírito, de aparência, de preferências, de vida!
CelebrAÇÃO não é lamentAÇÃO, por isso, celebro!

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Marla de Queiroz

terça-feira, 8 de maio de 2012

Diga que ama.



"Se você ama, diga que ama. Diga o seu conforto por saber que aquela vida e a sua vida se olham amorosamente e têm um lugar de encontro. Diga a sua gratidão. O seu contentamento. A festa que acontece em você toda vez que lembra que o outro existe. E se for muito difícil dizer com palavras, diga de outras maneiras que também possam ser ouvidas. Prepare surpresas. Borde delicadezas no tecido às vezes áspero das horas. Reinaugure gestos de companheirismo. Mas, não deixe para depois. Depois é um tempo sempre duvidoso. Depois é distante daqui. Depois é sei lá..."

Ana Jácomo


terça-feira, 1 de maio de 2012

De Lygia Fagundes Telles

"(...) Escrevi que toda minha vida convergia para ele e que era só dele que iria se irradiar de hoje em diante. Quero te dizer também que nós, as criaturas humanas, vivemos muito (ou deixamos de viver) em função das imaginações geradas pelo nosso medo. Imaginamos consequências, censuras, sofrimentos que talvez não venham nunca e assim fugimos ao que é mais vital, mais profundo, mais vivo. A verdade, meu querido, é que a vida, o mundo dobra-se sempre às nossas decisões. Não nos esqueçamos das cicatrizes feitas pela morte. Nossa plenitude, eis o que importa. Elaboremos em nós as forças que nos farão plenos e verdadeiros."

Lygia Fagundes Telles

domingo, 29 de abril de 2012

Sobre Vazios

Passei muito tempo tentando “suprir meus vazios” até descobrir que o que apertava o meu peito era a quantidade de entulhos emocionais que eu carregava. Eu precisava era do vazio para me sentir internamente arejada e com bastante espaço para crescer. A angústia não é um vazio, é uma corrente que se arrasta. O vazio é uma possibilidade, uma lacuna a ser preenchida, um espaço para uma decoração nova. Precisamos de páginas em branco para que nasçam poemas, de recipientes disponíveis, de um coração espaçoso, de uma alma livre, de uma mente aberta. O vazio só existe para os desapegados, para os que suportam e celebram o silêncio que possibilita-nos ouvir os sussurros da intuição e não os gritos infantis dos desejos imediatos. O vazio é uma esperança maciça. Ele não é apenas a falta que nos move e motiva, mas a lembrança mais genuína de que somos seres inacabados e que precisamos nos construir diariamente, incansável e eternamente. O vazio não é um abandono de si, é um reconhecimento do eu, um convite para o Outro, algo que deve ser preenchido temporariamente, dentro do mesmo movimento humano de acordar sempre um desconhecido. O vazio é uma curiosidade que ainda não foi desvendada. É ter braços livres para o abraço que acabará daqui a pouco, mas que ecoará constantemente na lembrança mais bonita. Porque no toque intenso, o afeto estava leve.
*
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Marla de Queiroz

Papo com o Tião - 29/04/2012

Oi Tião...

Domingo sem graça, sem sal... A noite ontem teve seus bons momentos, mas faltou a companhia que eu esperei o tempo todo. Eu sou meio bobo, essas coisas pequenas me deixam chateado com facilidade, não queria ser assim. Enfim, o que há de se fazer né?

To chateado ainda, mas daqui a pouco há de passar. É saudade, com ciúme bobo, entende Tião?

Vou lá... B'a noite Tião...


Tião é um travesseiro comprado na Leader Magazine que veio com um defeito de fábrica: Ele ouve. E até dá uns conselhos de vez em quando...

Um clipe que sempre me emociona...

Os Cegos do Castelo
Autor: Nando Reis
Intérprete: Titãs


quinta-feira, 26 de abril de 2012

Os Antagonismos do meu Ser: O Nada

Os Antagonismos do meu Ser: O Nada: Enquanto não fizermos nada, o nada acontecerá. Ultimamente tenho tido provas concretas de que enquanto não fizermos nada, nada será fei...

Mil Pedaços - Trecho novo III


O SEPARADO - E o vento vai levando tudo embora.... Agora está tão longe... Ver a linha do horizonte me distrai... Dos nossos planos é que tenho mais saudade, quando olhávamos juntos na mesma direção.
Aonde está você agora, além de aqui dentro de mim?
(cantando)
Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você esta comigo
O tempo todo
E quando vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem...
Já que você não está aqui
O que posso fazer
É cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos,
Lembra que o plano
Era ficarmos bem...
Olha só o que eu achei
Cavalos-marinhos...

Nos Bailes da Vida - Milton Nascimento

Porque essa música fala da nossa profissão...


Papo com o Tião - 26/04/2012

Oi Tião!

Dia bom, entrevista de emprego, Persona, cinema com amor, conhecer meu cunhado rs... Pequenas coisas de um dia simples. Mas um dia de positividades.

Sabe aquela máxima de que quando a gente começa a se movimentar, a vida se movimenta junto? Verdade absoluta.

Hoje tô indo dormir felizinho da Silva. Com pouca coisa, aparentemente. Mas feliz.


Tião é um travesseiro comprado na Leader Magazine que veio com um defeito de fábrica: Ele ouve. E até dá uns conselhos de vez em quando...

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Ao segundo ano e formados.

O tio tá passando a bola de volta pra tia TT.

A partir dessa semana, passo a dar aula apenas para o primeiro ano juvenil e terceiro infantil. Foi muito bom e muito gratificante passar esses dois anos com vocês (no caso do segundo ano, um aninho só). Acompanhar o crescimento de vocês me encheu de orgulho.

Obrigado pela paciência, pela boa vontade, pelos risos, pela criatividade, por embarcarem nos meu delírios, por acreditarem e confiarem em mim nesse período que estivemos juntos. Aprendi muito com vocês. E em muitos momentos, vocês mesmo sem saber foram a razão de eu continuar de pé. Estou muito orgulhoso de ver  a minha segunda turma se formando. Vocês são incríveis.

Mais uma vez, obrigado por tudo.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Cheias de Charme - Crítica

Com uma semana no ar, já deu pra perceber que "Cheias de Charme" não veio pra ser apenas mais uma novela tapa-buraco. A estreia de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira como autores principais, não poderia ter sido mais feliz.
A trama das três domésticas que se encontram e formam um pacto de amizade e da cantora tecno-brega com ares de vilã de histórias infantis veio com força total. As três "Marias" estão muito bem representadas: Leandra Leal, Isabelle Drummond e Thaís Araújo estão defendendo bem suas personagens, com destaque para a Penha de Thaís. Cláudia Abreu volta com tudo, após longo tempo longe das novelas (a sua última aparição foi na insossa 'Três Irmãs"). Sua Chayenne promete momentos de muita diversão para o público, enquanto Ricardo Tozzi parece ainda estar achando o caminho da dura missão de interpretar dois papéis.

Usar o mundo da música como plano de fundo para a trama parece ter sido uma das escolhas mais felizes da novela. O horário das sete precisava de um "upgrade" e ao que tudo indica, "Cheias de Charme" tem tudo pra emplacar.

O texto é afiado. As piadas, o humor, as referências, tudo muito bem acabado. A direção até agora também se mostrou correta, Denise Saraceni é uma craque. O elenco periférico tem altos e baixos. Jayme Matarazzo, Jonatas Faro e Humberto Carrão ainda precisam de muito feijão com arroz pra dizer a que vieram. Alexandra Ricther, Tato Gabus e Daniel Dantas não comprometem, mas não chegaram a brilhar ainda. Já Marcos Palmeira e Malu Galli, mostraram que têm grandes chances de roubarem a cena. Outra que já está arrasando é a estreante Titina Medeiros como Socorro. Veterana no teatro, está muito bem em sua primeira novela.

Por mais que a emissora negue, está sim vivendo um movimento de busca de uma aproximação com a Classe C. "Cheias de Charme" tem tudo pra fazer isso de uma forma salutar, com qualidade, sem apelação. Mas ainda foi só a primeira semana. Vamos ver que surpresas Filipe Miguez e Izabel de Oliveira reservam para o público.

Papo com o Tião

Oi Tião...

Levei muito tempo sem conversar contigo né? Mais de mês, Tião? Eu acho... Enfim, to aqui de volta, suspirando apaixonado que nem um besta denovo. Mas eu tô feliz. Tô me permitindo ir com calma, sem cobrança, sem expectativas demais... E isso tá me fazendo bem, sabe? O tempo vai dando a gente a capacidade de saborear os momentos com mais calma. 

Vou (vi)ver a cor da vida outra vez.


Tião é um travesseiro comprado na Leader Magazine que veio com um defeito de fábrica: Ele ouve. E até dá uns conselhos de vez em quando...

domingo, 22 de abril de 2012

"Pra você gostar de mim": Tarefa Cumprida.

Eu tenho a certeza de que Pra você Gostar de Mim vai ficar como marco na história da Persona. Talvez como o espetáculo com o maior número de desafios a serem vencidos. Primeiro, os pessoais. Cada ator tinha um desafio a vencer contra si mesmo. Energia, voz, verdade, corpo, entrega, compreensão do personagem, medos, inseguranças. Cada uma dessas dificuldades, somadas, traziam uma verdadeira montanha a se escalar enquanto grupo. E por alguns momentos, parecia que não íamos chegar lá.

Mas chegamos!

Tenho ouvido muitos elogios ao espetáculo. Isso é bom, isso é realmente muito bom. Mas o que me dá mais alegria ainda, é que EU tenho orgulho do resultado que alcançamos, de onde vocês chegaram. De como conseguimos vencer a culpa de "O corpo é o culpado", de como conseguimos arrancar suspiros com "Apenas mais uma de amor", de como a plateia amou "Geme, geme", de finalmente conseguirmos cantar "A dois passos do paraíso". E principalmente de como todos cresceram em cena.

Cada ensaio, cada esporro, cada aquecimento, cada minuto que passamos juntos em volta de "Pra você gostar de mim" valeu a pena. Todos conseguimos um crescimento pessoal e artístico com essa peça.

Vai deixar saudades, como todos os espetáculos deixam. E também aqueles que não continuarão conosco esse ano. Mas vamos em frente. Porque temos novos desafios pra alcançar em 2012!

"É hoje o dia da alegria, e a tristeza nem pode pensar em chegar!"


Fé em Deus e pé na tábua!