Minha amiga Laura perdeu o amor da sua vida.
Digo minha amiga sim, porque embora não fôssemos tão próximos, é assim que me sinto com relação a ela a partir de agora. É como se ela precisasse de todo o amor do mundo neste momento, e ainda assim, nem todo esse amor será capaz de aplacar um pouquinho que seja da sua dor. Ela está numa posição em qualquer um de nós pode estar a qualquer momento. O de alguém que, de uma hora para outra se vê sem um pedaço de si, uma parte que se leva muito tempo para encontrar. A dor de Laura é minha também, porque a pessoa que a gente ama, que a gente escolhe amar, não deveria nunca ser tirada de perto de nós. Ouvimos e vemos inúmeros casos de vidas que se perdem por nada todos os dias nos telejornais. Mas então a perda chega ao nosso amigo, à nossa casa. E nunca estamos preparados para tamanha crueldade. Tudo nos choca. Uma violência desmedida, a irracionalidade bestial de um ser de uma hora para a outra destrói planos de uma vida inteira.
Não se passa incólume por uma tragédia como essa. Nem ela, nem os pais, nem os amigos. Ninguém. Ontem ao sair para mais um ensaio, senti um medo gelado na espinha. Um sentimento desconhecido até então para mim. Inconscientemente, acredito que sempre me senti invulnerável. Ou talvez tivesse a sensação de que se algo de ruim me ocorresse, não teria tanta importância. Minha vida nem era tão legal assim. Mas isso foi antes, antes de eu me perder de amor, de me apaixonar de uma forma inédita, de sentir uma alegria tão plena que o mundo pára em um simples abraço. Então entendi que o medo que senti ontem veio daí. De ter a vida interrompida no auge da felicidade, depois de tantos anos de vida morna. Assim como sinto o medo de que algo aconteça com a pessoa que amo.
Não há lições a serem tiradas aqui. Não há moral da história. Fica o vazio, a sensação de se estar vivendo em um mundo de videogame, onde a vida humana não vale absolutamente nada. O sentimento de que o game over parece estar cada da mais próximo de nós.
O clichê é inevitável: Não há palavras para confortar Laura. Não há gestos. Nem mesmo a justiça humana. Nada do que fizermos trará Felipe de volta e o sorriso do seu rosto. Só podemos sonhar com um mundo de mais amor, mais fé e menos violência. Só nos resta o sonho. Só me resta deixar meu pesar, minhas orações e meu coração apertado pela dor de Laura.
Digo minha amiga sim, porque embora não fôssemos tão próximos, é assim que me sinto com relação a ela a partir de agora. É como se ela precisasse de todo o amor do mundo neste momento, e ainda assim, nem todo esse amor será capaz de aplacar um pouquinho que seja da sua dor. Ela está numa posição em qualquer um de nós pode estar a qualquer momento. O de alguém que, de uma hora para outra se vê sem um pedaço de si, uma parte que se leva muito tempo para encontrar. A dor de Laura é minha também, porque a pessoa que a gente ama, que a gente escolhe amar, não deveria nunca ser tirada de perto de nós. Ouvimos e vemos inúmeros casos de vidas que se perdem por nada todos os dias nos telejornais. Mas então a perda chega ao nosso amigo, à nossa casa. E nunca estamos preparados para tamanha crueldade. Tudo nos choca. Uma violência desmedida, a irracionalidade bestial de um ser de uma hora para a outra destrói planos de uma vida inteira.
Não se passa incólume por uma tragédia como essa. Nem ela, nem os pais, nem os amigos. Ninguém. Ontem ao sair para mais um ensaio, senti um medo gelado na espinha. Um sentimento desconhecido até então para mim. Inconscientemente, acredito que sempre me senti invulnerável. Ou talvez tivesse a sensação de que se algo de ruim me ocorresse, não teria tanta importância. Minha vida nem era tão legal assim. Mas isso foi antes, antes de eu me perder de amor, de me apaixonar de uma forma inédita, de sentir uma alegria tão plena que o mundo pára em um simples abraço. Então entendi que o medo que senti ontem veio daí. De ter a vida interrompida no auge da felicidade, depois de tantos anos de vida morna. Assim como sinto o medo de que algo aconteça com a pessoa que amo.
Não há lições a serem tiradas aqui. Não há moral da história. Fica o vazio, a sensação de se estar vivendo em um mundo de videogame, onde a vida humana não vale absolutamente nada. O sentimento de que o game over parece estar cada da mais próximo de nós.
O clichê é inevitável: Não há palavras para confortar Laura. Não há gestos. Nem mesmo a justiça humana. Nada do que fizermos trará Felipe de volta e o sorriso do seu rosto. Só podemos sonhar com um mundo de mais amor, mais fé e menos violência. Só nos resta o sonho. Só me resta deixar meu pesar, minhas orações e meu coração apertado pela dor de Laura.
Quem escreveu este monólogo?
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