sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Semana intensa

Foi uma semana e tanto.
O casamento de Tainá tomou grande parte dos últimos dias, com os preparativos para as músicas.  Faziam pelo menos uns quatro anos que eu não cantava em um. E fazê-lo em um momento tão importante para uma pessoa tão querida,  foi incrível. Isso já seria emoção suficiente,  mas rever tanta gente que eu amo reunida foi algo indescritível. Uma linda viagem no tempo. Os anos se passaram, todos nós mudamos. Mas de alguma forma mágica, ainda somos os mesmos quando estamos juntos. Nem posso dizer que matei as saudades, porque nos momentos em que estive junto com Chico, Juliana, Gabriela, Ludmilla, Amazona, Tainá, Sunshine, Tête, Ignez e Tânia tive a sensação de que havíamos estado todos juntos no dia anterior. Rever este grupo junto me trouxe muita coisa boa. E de alguma forma, estar com eles me traz de volta à minha própria essência,  àquilo que eu realmente sou. Foi um dia memorável. Que estes encontros não demorem mais a acontecer.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Voltando... (denovo)

Ontem foi um dia de memórias, aliás todos estes preparativos para o casamento de Tainá estão me fazendo dar algumas viagens no tempo. Hoje, por consequência, acabei caindo aqui no blog e percebendo como eu deixei o hábito de escrever de lado. Talvez seja porque escrever deixou de ser apenas hobby para se tornar profissão. O fato é que quero muito voltar a postar aqui, com mais frequência, mesmo que ninguém leia. Certa vez caiu uma ficha que a gente só aprende a escrever, escrevendo. Então comecei a criar mil projetos de histórias, dramaturgias, romances, que muito provavelmente nunca serão lidos por outra pessoa, mas que foram importantes etapas de aprendizado. 
Muitas vezes me podo muito antes de postar algo, me censuro. Tentarei relaxar um pouco mais e escrever sobre coisas sérias, mas também sobre coisas banais, afinal a vida é feita de coisas simples também. 

Bem vindos de volta!

segunda-feira, 24 de março de 2014

A dor de Laura.

Minha amiga Laura perdeu o amor da sua vida.

Digo minha amiga sim, porque embora não fôssemos tão próximos, é assim que me sinto com relação a ela a partir de agora. É como se ela precisasse de todo o amor do mundo neste momento, e ainda assim, nem todo esse amor será capaz de aplacar um pouquinho que seja da sua dor. Ela está numa posição em qualquer um de nós pode estar a qualquer momento. O de alguém que, de uma hora para outra se vê sem um pedaço de si, uma parte que se leva muito tempo para encontrar. A dor de Laura é minha também, porque a pessoa que a gente ama, que a gente escolhe amar, não deveria nunca ser tirada de perto de nós. Ouvimos e vemos inúmeros casos de vidas que se perdem por nada todos os dias nos telejornais. Mas então a perda chega ao nosso amigo, à nossa casa. E nunca estamos preparados para tamanha crueldade. Tudo nos choca. Uma violência desmedida, a irracionalidade bestial de um ser de uma hora para a outra destrói planos de uma vida inteira.

Não se passa incólume por uma tragédia como essa. Nem ela, nem os pais, nem os amigos. Ninguém. Ontem ao sair para mais um ensaio, senti um medo gelado na espinha. Um sentimento desconhecido até então para mim. Inconscientemente, acredito que sempre me senti invulnerável. Ou talvez tivesse a sensação de que se algo de ruim me ocorresse, não teria tanta importância. Minha vida nem era tão legal assim. Mas isso foi antes, antes de eu me perder de amor, de me apaixonar de uma forma inédita, de sentir uma alegria tão plena que o mundo pára em um simples abraço. Então entendi que o medo que senti ontem veio daí. De ter a vida interrompida  no auge da felicidade, depois de tantos anos de vida morna. Assim como sinto o medo de que algo aconteça com a pessoa que amo.

Não há lições a serem tiradas aqui. Não há moral da história. Fica o vazio, a sensação de se estar vivendo em um mundo de videogame, onde a vida humana não vale absolutamente nada. O sentimento de que o game over parece estar cada da mais próximo de nós.

O clichê é inevitável: Não há palavras para confortar Laura. Não há gestos. Nem mesmo a justiça humana. Nada do que fizermos trará Felipe de volta e o sorriso do seu rosto. Só podemos sonhar com um mundo de mais amor, mais fé e menos violência. Só nos resta o sonho. Só me resta deixar meu pesar, minhas orações e meu coração apertado pela dor de Laura. 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Quando a vida te faz leve

A cada noite, quando colocamos nossas cabeças no travesseiro, é difícil termos a humildade de reconhecer que tivemos um dia bom. Desses que não precisam de grandes eventos, mudanças repentinas ou surpresas gratas. Apenas mais um dia em que as coisas estão no lugar e seguindo o seu fluxo natural (ou o que a gente espera que seja natural). Não houve uma promoção no trabalho, nem a conclusão de um curso, muito menos o nascimento de um filho. Aparentemente é só mais um vinte e seis de fevereiro, como tantos outros que você já viveu. Mas não é. É um dia único. Onde o almoço não teve nada de diferente. Onde nenhuma novidade aparente surgiu. Mas será que isso não é motivo para gratidão?
Fomos ensinados a guardar comemorações. A só agradecer quando alguém nos faz algo de muito bom. O tempo todo somos bombardeados que estamos sempre precisando de "mais " alguma coisa. Mais dinheiro, mais amor, mais atenção, mais descanso, mais lazer, mais tesão, mais, mais, mais. Até onde esse "mais" vai?
A vida te faz leve quando você começa a se sentir agradecido pelos dias comuns. Quando o que você tem te faz feliz e te deixa com sorrisos espalhados por aí. Os dias comuns são repletos de motivos para agradecimento. Os beijos na boca, as conversas no bar, as gargalhadas das crianças, a conversa jogada fora na faculdade, o trabalho cumprido, os desabafos feitos, a família assistindo TV junta, a cama aconchegante, o sono profundo. Poderia passar dias enumerando os fatores que podem nos levar a gratidão. Gratidão a quem? Cada um acredita em alguma coisa diferente. Mas este é um sentimento que nos leva a lugares tão fantásticos, que todo mundo deveria experimentar. Não perca tempo.
Comece agora.